ATA DA DÉCIMA SEXTA SESSÃO SOLENE DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 11-6-2002.

 


Aos onze dias do mês de junho do ano de dois mil e dois, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às dezessete horas e dez minutos, constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada a homenagear o Dia do Pastor, nos termos do Requerimento nº 093/02 (Processo nº 1838/02), de autoria do Vereador Valdir Caetano. Compuseram a MESA: o Vereador Carlos Alberto Garcia, 1° Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, presidindo os trabalhos; o Senhor Alfredo Paulo Filho, Bispo da Igreja Universal do Reino de Deus; o Vereador João Carlos Nedel, 1° Secretário da Câmara Municipal de Porto Alegre. Após, o Senhor Presidente convidou a todos para, em pé, ouvirem a execução do Hino Nacional e, em continuidade, registrou a presença do Capitão Capelão Militar Luisivan Vellar Strelow, representante do Comando Militar do Sul; do Coronel Irani Siqueira, Assistente Parlamentar do Comando Militar do Sul; do Coronel Luiz Fernando Puhl, Comandante do Corpo de Bombeiros de São Leopoldo - RS. A seguir, o Senhor Presidente concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Vereador Valdir Caetano, em nome das Bancadas do PTB, PMDB, PSB e PPS, agradeceu a iniciativa do Pastor Eliseu Santos, ex-Vereador desta Casa, de propor o Projeto de Lei que instituiu o Dia do Pastor, ressaltando ser esse ministério uma vocação sagrada que tem por objetivos pregar a palavra  de Deus e levar aos mais diversos segmentos da população os ideais de solidariedade e fraternidade. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a presença do Capitão Haroldo Medina, da Brigada Militar e, após, foi dada continuidade às manifestações dos Senhores Vereadores. A Vereadora Maristela Maffei, em nome da Bancada do PT, citou trechos das Escrituras Bíblicas pertinentes às caraterísticas de dedicação e retidão de caráter demonstradas pelo Pastor, discorrendo sobre a missão espiritual assumida pelo mesmo como representante da palavra de Deus na terra. Ainda, salientou a importância da fé como o sustentáculo dos valores espirituais e morais da humanidade. O Vereador João Carlos Nedel, em nome da Bancada do PPB, destacou a importância da presente solenidade como a ocasião propicia para louvar o trabalho solidário desenvolvido pelos bons Pastores em prol do equilíbrio espiritual do ser humano. Ainda, teceu considerações sobre as dificuldades do mundo atual e a grandeza da missão do evangelizador. O Vereador Almerindo Filho, em nome da Bancada do PSL, procedeu à análise do trabalho dos Pastores como servos de Deus, especialmente, no que se refere à responsabilidade inerente à atividade pastoral e à sua participação no cotidiano da vida das pessoas. Também, manifestou-se sobre as atividades políticas desempenhada por pastores e suas relações com a profissão de fé. A seguir, foi realizada apresentação do vídeo "Olhai por Nós" e, após, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Senhor Alfredo Paulo Filho, que destacou a importância da homenagem hoje prestada por este Legislativo ao Dia do Pastor. Em continuidade, foi realizada apresentação do vídeo "Brasil 500 Anos" e, em seguida, foi proferida uma prece pelo Senhor Alfredo Paulo Filho, que procedeu à entrega, ao Senhor Presidente, de um exemplar da Bíblia. A seguir, o Senhor Presidente convidou a todos para, em pé, ouvirem a execução do Hino Rio-Grandense e, nada mais havendo a tratar, declarou encerrados os trabalhos às dezoito horas e três minutos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Carlos Alberto Garcia e secretariados pelo Vereador João Carlos Nedel. Do que eu, João Carlos Nedel, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Estão abertos os trabalhos da presente Sessão Solene, destinada a homenagear o Dia do Pastor.

Convidamos para compor a Mesa V. Ex.ª Rev.ma Bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, Alfredo Paulo Filho; Capitão Capelão Militar Luisivan Vellar Strelow, representante do Comando Militar do Sul; Cel. Irani Siqueira, Assistente Parlamentar do Comando Militar do Sul; Cel. Luiz Fernando Puhl, Comandante do Corpo de Bombeiros de São Leopoldo.

Convidamos todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino nacional;

 

(Ouve-se o Hino Nacional.)

 

Queremos saudar a presença do senhor representante do Comando Militar do Sul, Cap. Capelão Militar Luisivan Vellar Strelow; do senhor Assistente Parlamentar do Comando Militar do Sul, Cel. Irani Siqueira; do Sr. Comandante do Corpo de Bombeiros de São Leopoldo, Cel. Luiz Fernando Puhl. Registramos a presença e agradecemos a participação dos senhores pastores aqui presentes.

Neste momento, fará uso da palavra o Ver. Valdir Caetano, proponente desta Sessão Solene, que falará também pelas Bancadas do PTB, PMDB, PSB e PPS.

 

O SR. VALDIR CAETANO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Bispo Alfredo, pastores que comparecem aqui nesta tarde, senhoras e senhores, queremos agradecer ao Pastor Eliseu Santos, que já foi Vereador desta Casa, que é o autor do Projeto que nos possibilita, neste dia, estarmos prestando esta homenagem ao Dia do Pastor. Eu quero deixar para os senhores e senhoras aqui presentes, aos pastores, que nós homenageamos esses homens, nos quais me incluo, pois também sou pastor, que deixam tudo por amor ao Evangelho, que saem na pregação da palavra de Deus, pessoas que deixam o seu Estado, deixam, às vezes, até mesmo o seu país por amor àqueles que estão sofrendo, por amor daqueles que estão precisando de uma palavra, precisando de um conforto. São homens que pregam em grandes templos, em pequenos templos, nas ruas, são pessoas que levam o conforto àquele que está acamado no hospital, àquele que está atrás das grades trancafiado, levam conforto para aqueles homens e mulheres que não vêem mais um sentido em suas vidas. São homens que têm a preocupação 24 horas por dia de querer ver o bem do seu semelhante. Por isso, Srs. Vereadores, pastores aqui presentes, Bispo Alfredo, senhoras e senhores, todos que nos acompanham neste momento, esta é uma pequena homenagem porque nós sabemos que os pastores fazem tudo isso e saem de cena às escondidas, porque todos nós sabemos que toda a glória é para o nosso Senhor Jesus. O pastor não tem a preocupação de ganhar almas para si, mas sim para o reino de Deus. Quero deixar registrada aqui a minha satisfação, o meu prazer em poder fazer parte desse grupo de homens, embora nós estejamos servindo num campo onde nós estamos numa batalha, onde através das leis, nas Câmaras Municipais, nas Assembléias Legislativas, no Congresso Nacional, no Senado, homens são destinados ao trabalho para que as leis possam possibilitar que outros estejam constantemente no altar. Nós sabemos, senhores pastores e pastoras aqui presentes, bispos, de quantas vezes somos criticados pelo nosso trabalho sem que isso nos abale porque nós sabemos que o nosso Senhor, o Salvador Jesus Cristo, também não foi elogiado, não foi aplaudido e, sim, criticado, praticou o bem e recebeu o mal, não foi reconhecido por todos. Então nós seríamos até mesmo hipócritas se nós quiséssemos que todos reconhecessem o trabalho do anonimato, eu falo, Pastor Sérgio Freitas, daquele que prega lá no cantinho, daquele que se preocupa em levar a palavra de Deus aos acampamentos indígenas, daqueles que tiram o seu final de semana para visitar os presídios, os hospitais, daqueles que vão, como que remando contra a maré, fazendo o trabalho de evangelização. Neste momento, esta Sessão Solene - que foi proposta pelo Projeto do Vereador e Pastor Eliseu Santos, da Assembléia de Deus - nos possibilita reunir, para que possamos falar um pouco daquilo que passamos a cada dia, e para, até mesmo, juntos aqui, podermos reforçar assim a nossa fé, esperando, cada vez mais, não o reconhecimento dos homens, mas o reconhecimento de Deus - porque dele vem o galardão pelo nosso trabalho.

Parabéns senhores pastores, parabéns a todos os senhores! Esperamos que continuem nessa luta, porque sabemos que lutamos por algo que Deus tanto quer, ou seja: as almas - que são pessoas perdidas, que estão por aí precisando de uma palavra, precisando de um consolo de um pastor, que surge, muitas vezes, do nada e leva àquela pessoa uma palavra que, por muito tempo, ela precisava ouvir e isso não acontecia. Eu me lembro, pastores, do meu primeiro pastor, um homem que, quando eu cheguei à igreja, me recebeu cheio de problemas, de vícios, de maus costumes, com a vida totalmente destruída, e aquele homem, sem o menor interesse, a não ser o de resgatar a minha alma, atendeu-me, recebeu-me com todo o carinho.

Sabemos que há glória para o Senhor Jesus, mas eu oro a Deus e agradeço todos os dias, pois jamais esquecerei aquele pastor.

Agradeço a todos que estão aqui. Eu não quero citar denominação nenhuma, para evitar de cometer a gafe de esquecer algumas. Obrigado a todos os pastores que estão aqui presentes. Parabéns, e que Deus abençoe a todos. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Queremos registrar a presença do Capitão Medina.

A Ver.ª Maristela Maffei está com a palavra para falar em nome do PT.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) São João, 10, versículo XI, diz: “Eu sou o bom pastor, o bom pastor que dá a vida pelas ovelhas.” Hoje é um dia sagrado, porque hoje é a homenagem ao Dia do Pastor. Quero dizer para vocês que sou católica, mas tenho como conceito e formação o respeito por aqueles que encontram dentro da sua alma, dentro do seu coração aquilo que é mais verdadeiro para cada um. Sinto-me à vontade com todo o respeito que tenho pela profissão de fé daqueles que assim escolherem seus caminhos. E hoje é a homenagem ao pastor. Ser pastor não é considerado uma profissão; ser pastor é considerado uma vocação aos olhos de Deus e aos olhos daqueles que acreditam. Como está escrito em São João, o pastor dá a vida pelas ovelhas e tem a missão de resgatar almas, salvar vidas que estão a perecer sem conhecer Deus - que coisa triste! Esta sim é uma missão sagrada: levar as pessoas ao conhecimento de Deus. Isso é uma dádiva. Deus vivo e verdadeiro. Para os pastores aqui presentes a nossa homenagem, da Casa, da nossa Bancada do Partido dos Trabalhadores, que em seu seio existem muitos e muitos evangélicos, com quem nós temos uma sintonia total, porque é preciso existir de fato, sinceramente, a democracia. Escolhidos de Deus para esse glorioso trabalho, o de levar a palavra de Deus aos que sofrem, e com isso a esperança à mudança de vida. Deixar a vaidade para transpor o amor de Deus é justificar a estada nesse mundo; e a retidão, senhoras e senhores, é maior do que a teoria; a retidão se dá não apenas na teoria - é justamente aqui que se diferencia da teoria -, é nas nossas ações, no nosso olhar para a vida a serviço do que nós chamamos de salvação. Pela dignidade humana não podemos servir a dois senhores, temos que estar constantemente exorcizando os demônios que destroem a humanidade, que constroem a fome, que constroem a miséria, que degradam a família. Como pode uma pátria ser feliz se não tiver a família integrada? Como pode uma pátria, como podem os filhos de Deus estar inteiros, íntegros, sagrados, se não tiverem a dignidade humana? Se não tiverem dentro de seus corações o amor de Deus? Como pode alguém plantar o bem se não tem Jesus Cristo no coração? Como pode nós passarmos pela terra se não tivermos a luz do Espírito Santo? Coerência se vê, sim, nas ações, dentro da nossa casa, na rua e nesta Casa também, quando temos que ter a responsabilidade de avaliar profundamente aquilo que é melhor para o povo de Deus.

Portanto, senhoras e senhores, quero dizer que toda a vez que houver homenagem àquelas pessoas que proporcionam o bem, que têm a luz, que dignificam a humanidade, que querem trazer paz, que lutam pela dignidade humana em nome de Jesus, nós sempre estaremos aqui para louvar junto com vocês. Muito obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra em nome do Partido Progressista Brasileiro.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Dentre todas as solenidades que costumeiramente se realizam nesta Casa, esta é uma das que mais de perto me fala ao coração, pois diz respeito a um tipo especial de pessoas, os pastores, a quem dificilmente atribuímos o valor que verdadeiramente eles têm. Em nome da Bancada do Partido Progressista Brasileiro, que tenho a honra de integrar juntamente com os prezados companheiros Ver. João Antonio Dib, Ver. Pedro Américo Leal e Ver. Beto Moesch, em meu próprio nome e também na condição de Ministro da Eucaristia da Igreja Católica, faço desta oportunidade uma ocasião de louvor a todos os verdadeiros e autênticos pastores. Quero louvar essas pessoas que se consagram à vida religiosa, num mundo secularizado em que o egoísmo é a marca notável do comportamento humano. Quero louvá-los porque disseminam o mandamento cristão do amor, e é pela sua existência que Cristo se faz presente e visível em meio à comunidade dos fiéis. Quero louvá-los porque, com seu trabalho e seu ensinamento, ajudam a restabelecer o equilíbrio entre o ser e o ter, o querer e o poder, a renúncia e o prazer.

A grandeza da missão do pastor é afirmada pelo próprio Cristo, no Evangelho segundo Mateus, ao se referir à obediência aos mandamentos: “Quem os praticar e os ensinar a praticar, será grande no reino dos Céus”. Mas poucos são capazes de compreender o quanto é radicalmente exigente a missão de evangelizar, o quanto é difícil passar incólume pelas tentações que a vida propõe, pela exaltação do ter, do poder e do prazer.

Mas os realmente vocacionados, os comprometidos, os homens de verdadeira fé, os que colocam Cristo totalmente à sua frente, não desanimam jamais frente aos obstáculos e seguem com humildade os conselhos deixados por Paulo, na Segunda Epístola a Timóteo: “Foge das paixões da mocidade e segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor”.

Assim são os verdadeiros pastores: homens de Deus a serviço de seu povo, mais do que merecedores da homenagem que agora lhes prestamos. Quero, então, cumprimentar efusivamente o nosso querido Ver. Valdir Caetano, ele mesmo pastor evangélico, pela iniciativa da realização desta Sessão Solene em homenagem ao Dia do Pastor, num ato simbólico de nossa gratidão, em nome da população de Porto Alegre, aos bons e queridos pastores da nossa Capital. Agradeçamos a Deus pelos bons pastores que temos conosco! Peçamos a Ele que os conserve sempre fiéis à missão de evangelizar e que chame a seu serviço novos pastores, que dêem continuidade a esse trabalho de inestimável valor, que é o da condução de seu povo no caminho do amor, da paz e da verdadeira felicidade. Que Deus abençoe os pastores! Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): O Ver. Almerindo Filho está com a palavra e falará em nome do PSL.

 

O SR. ALMERINDO FILHO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) É com grande satisfação que venho hoje a esta tribuna para comemorar o Dia do Pastor. Pastor que é pastor não gosta de homenagem, mas é necessário que se faça conhecer quem é ou o que é um pastor. De princípio, diferente de outras autoridades eclesiásticas, ninguém é pastor, mas sim está pastor. Ser pastor não é condição vitalícia, tampouco passa de pai para filho. É ministério concedido pelo Deus altíssimo, com prazo de validade estipulado por nós mesmos, pela nossa própria fidelidade e amor ao nosso Senhor Jesus e à sua Igreja. Na verdade, somos todos Igreja do Senhor, alguns escolhidos para a dedicação exclusiva da pregação da palavra de Deus, como está escrito: “Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo o vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. Essa, então, é a nossa missão: levar a todos a nossa palavra de salvação, segundo nos foi ordenado, de que existe um só Deus, um só Senhor, que é Jesus Cristo, que, pelo amor infinito de Deus Pai, comprou a vida eterna, através do seu sacrifício na cruz.

Ser pastor é sacrificar, é oferecer a Deus a própria vida em sacrifício, para que muitos recebam vida, e a vida com abundância, prometida pelo Senhor Jesus. O homem de Deus na política não é diferente do pastor no altar. Para o pastor a sua felicidade é ver o povo abençoado, salvo e nos caminhos do Senhor. Na política, o homem de Deus somente se agrada com a felicidade do povo de sua cidade, seu estado e seu país, sendo o seu gabinete o seu altar, lugar alto, de onde fala ao seu povo. O homem de Deus na política, como o pastor, tem a sua vida orientada para o sacrifício, pensando sempre no bem-estar do povo, e não em si próprio, estando próximo do povo, seja ele da fé, ou não. Esta é a visão que Deus nos tem dado e que tem norteado o trabalho parlamentar de muitos pastores que, hoje, ocupam posições políticas, em quaisquer das esferas do Governo.

Não consigo deixar de me lembrar neste momento, e não posso falar de todos os pastores de quem guardei uma palavra no meu coração, mas lembro-me da palavra do Bispo Antônio Bulhões, a quem quero mandar um abraço, ele não está aqui agora, mas recebi uma palavra de conversão desse homem de Deus; do Bispo Gerson Cardozo recebi a palavra de fé e de saber trabalhar numa igreja; com o Bispo Osvaldo Ceola, há pouco tempo aqui no Estado, aprendi a confiar em Deus; e com o bispo Alfredo Paulo, que se encontra aqui presente, aprendi a ter Deus nos momentos mais difíceis, de perseguição, de injustiça, a ser um homem forte, com um coração mais forte.

Então, é um prazer na minha vida ser um pastor, ser um homem de Deus, e, em nome do Partido Social Liberal, desejo a todos os colegas, amigos e irmãos pastores, um ministério abençoado. Despedimo-nos de todos com a mesma bênção do apóstolo Paulo aos pastores de Éfeso: “Paz seja com os irmãos e amor com fé, da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo. A graça seja com todos os que amam sinceramente a Nosso Senhor Jesus Cristo.” Um abraço todo especial ao proponente da Sessão, Pastor e Ver. Valdir Caetano. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): A seguir assistiremos à apresentação do videoclipe: “Olhai Por Nós”.

 

(É feita a apresentação do videoclipe.)

 

S. Ex.ª Rev.ma Alfredo Paulo Filho, Bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, está com a palavra.

 

O SR. ALFREDO PAULO FILHO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Como nos faz bem a democracia, porque só mesmo uma Casa onde impera o espírito democrático poderia fazer uma homenagem como esta. É bem verdade que nós, pastores, não estamos acostumados com homenagens, pelo contrário, nós estamos acostumados ao preconceito que ainda impera em muitas áreas da sociedade. Não só com os pastores, mas temos visto ainda o preconceito no que diz respeito à raça, à religião e a tantas outras coisas. E graças a Deus louvamos a Deus pelo espírito que impera aqui nesta Casa, um espírito de democracia, onde jamais poderemos pensar que um dia teríamos o Dia do Pastor, o dia de homenagearmos o pastor, até porque citando as palavras do apóstolo São Paulo aos Coríntios, na primeira epístola, de Coríntios, no Capítulo 4, a partir do Versículo 9, quando ele diz: “Porque a mim me parece que Deus nos pôs a nós, os apóstolos, em último lugar, como se fôssemos condenados à morte; porque nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos, como a homens. Nós somos loucos por causa de Cristo, e vós, nobres, sábios em Cristo; nós, fracos, e vós, fortes; vós, nobres, e nós, desprezíveis. Até a presente hora, sofremos fome, e sede, e nudez; e somos esbofeteados, e não temos morada certa e nos afadigamos, trabalhando com as nossas próprias mãos. Quando somos injuriados, bendizemos; quando perseguidos, suportamos; quando caluniados, procuramos a conciliação; até agora, temos chegado a ser considerados lixo do mundo, escória de todos.”

Essas foram as palavra do apóstolo Paulo, um homem que conheceu a fundo o que é a perseguição. É bem verdade que existem os bons pastores e existem também os maus pastores. Mas não é por causa do deslize de um que todos devem ser condenados, assim como em todas as áreas da sociedade. Existem os bons políticos e existem também os maus políticos. Existem os bons padres e os maus padres.

Então, o que queremos deixar aqui a todos é que do mesmo jeito que impera o espírito de democracia nesta Casa, que possa imperar também o espírito de amor ao próximo no coração de cada um e deixarmos de lado os preconceitos, porque somos todos iguais perante Deus, independente de cor, de raça, de religião, de grau de instrução ou até mesmo de posição social.

Eu queria deixar também aos pastores uma palavra de incentivo que, embora não estejamos acostumados com esse tipo de homenagem, temos a certeza absoluta que todo o nosso trabalho, todo o trabalho dos pastores, daqueles que dedicam a vida à obra de Deus, é reconhecido por Deus. Jamais trabalhamos na intenção e no propósito de termos a glória do homem, mas, sim, a glória do nosso Deus.

Eu desejo aos pastores muita saúde para que tenham forças para continuar trabalhando, porque, diante deste clipe que nós vimos, ainda temos muita coisa para fazer. Deus abençoe a todos aqui presentes em nome do Senhor Jesus. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): A seguir, teremos a apresentação do vídeoclipe  “Brasil 500 Anos”.

 

(É feita a apresentação do vídeoclipe.)

 

Queremos, mais uma vez, parabenizar o Ver. Pastor Valdir Caetano, como proponente desta Sessão Solene. E também dizer, Bispo, que esta proposição foi acolhida por unanimidade aqui nesta Casa. Os 33 parlamentares votaram favoravelmente a esta iniciativa.

Queremos também parabenizar a cada um e a cada um dos pastores e pastoras aqui presentes. E que a bênção do nosso Senhor Jesus Cristo possa ser derramada para todos nós, porque vocês, cada um têm uma missão, a missão de levar a boa-nova a todos, aquele grande alimento, que é o alimento da alma que nos dá sustentação. Vocês têm essa capacidade de pinçar seres humanos, esse é um dom que Deus deu a cada um de nós, a missão de buscar almas, de ver aqueles mais perdidos, que têm sede e fome de conhecer outros e saber da importância de um mundo como o nosso, um mundo que nunca produziu tantos grãos como hoje. Mas como explicar que é um mundo que também nunca passou e nunca teve tantas pessoas com fome como hoje?

Então, esta missão de levar esta boa-nova, de mostrar a fraternidade, a solidariedade e, principalmente, a palavra irmão, mostrar a importância da partilha. É com isso que nós, em nome da Câmara Municipal de Porto Alegre, nos congratulamos. E aqui, sim, é a Casa da democracia, é a Casa onde todos têm voz, têm voto e participação. Por isso, Bispo, para encerrar esta Sessão, nós solicitamos que façam a bênção e tragam a sua mensagem a cada um de nós aqui presentes.

 

O SR. ALFREDO PAULO FILHO: Eu gostaria que todos ficassem em pé, para nós realizarmos uma oração e pedirmos a Deus que abençoe a esta Casa, que abençoe a este Estado, a este Município. E eu gostaria de presentear o nosso Presidente com a Bíblia, com a palavra de Deus, que está aqui representando todos os Vereadores, e fazer uma oração para que Deus derrame a bênção Dele neste lugar.

 

(É feita a oração.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Convidamos a todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Rio-Grandense.

 

(Ouve–se o Hino Rio-Grandense.)

 

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 18h03min.)

 

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